Pular para o conteúdo principal

Postagens

Aceita que dói menos: tem horas que a gente fica ocioso.

Este é você lendo piadas no seu horário de trabalho? Então deixa eu te dizer uma coisa, amigo... tem coisa errada aí! A cobrança no ambiente de trabalho é normal - espera-se de nós uma entrega, seja ela quantitativa ou qualitativa. Certo, nisto nós concordamos. Temos metas por dia e precisamos buscar meios para alcança-las, caso contrário, não temos porque estar ocupando aquela posição. O erro está em como lidamos com a nossa rotina para o alcance destas metas. Sabemos que o mundo contemporâneo clama por resiliência irrestrita, "foco, força e fé" infinitos, uma eterna cabeça erguida e sorrisos constantes, mesmo que não sejam espontâneos. Beleza. Sabemos que vigiamos e que somos vigiados, inclusive no trabalho. Como consequência, sentimos que temos que nos provar pra todo mundo o tempo todo. Sentimos que nossa estação de trabalho é monitorada e que qualquer "deslize" que tire nosso foco do objetivo é um grande problema - ainda mais se houver flagrante. Qu
Postagens recentes

O dia em que me chamaram de louca umas dez vezes... ☹

Trabalhei em uma grande empresa por sete meses. Isso mesmo, só sete meses. Cheguei com a empolgação de todo bom novato – querendo mudar o mundo, transformar vidas, mostrar serviço, ser promovida em seis meses. Sem entrar no mérito dos porquês, aos poucos vi que muito daquele contexto não funcionava pra mim – desde percepções organizacionais até a minha rotina CLTista de 44 horas semanais. Entendi que o salário não compensava mais a distância de 40km por trecho e nem o tempo dispensado para cumpri-los diariamente. Entendi, em um processo profundo e ansioso, que nada daquilo – da maneira como tínhamos que fazer - fazia sentido para mim e para o meu projeto profissional. Entendi que eu só estava sustentando estar ali pelo dinheiro e que não valia mais a pena abdicar de valores e projetos profissionais mais fortes, em prol de uma tarefa que se mostrava cada vez mais enfadonha. Decidi empreender em algo que já tem em peso no mercado. Louca, claro, já que estamos passando por um pro

Jornada de trabalho: O que fazemos com o tempo que não temos?

Acorda 6. Sai 7. Pega 1 hora de trânsito. Bate ponto às 8. Trabalha. Almoça às 12 e volta às 13. Na verdade, 13:12h. Trabalha. Fecha o ponto às 17. Opa, 17 não! Tem que ter 48 a mais, senão não fecha as 44. Mais 1 hora no retorno. Chega em casa às 19. Trata dos 10 afazeres domésticos. Dorme às 23. E este ciclo numérico se repete dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano.  Na prática, considerando com muita bondade ~só~ uma hora de trânsito, podemos afirmar que estamos em função do trabalho das 7:00h às 19:00h. Doze horas, em um dia que tem 24. Doze horas nas quais o mundo está ativo - porque geralmente nas outras doze o mundo ao nosso redor dorme.  Doze horas que poderiam ser melhor distribuídas e aproveitadas, não necessariamente com lazer, mas com demandas cotidianas que todos nós temos, mas não temos condições de atender com facilidade - supermercado, médico, farmácia, banco, filhos, fazer a unha, academia, e infinitos outros itens que certamente estão